Mesmo pequenas escolhas sobre pedidos de estoque podem reduzir sutilmente as margens de lucro em ambientes de trabalho agitados. Este artigo examina como tomar as melhores decisões possíveis, incluindo quando e quanto pedir e por que esses fatores são mais importantes do que a maioria das pessoas imagina.

 

Por que as quantidades dos pedidos são importantes

A questão é a seguinte: as quantidades dos pedidos não se resumem a manter as prateleiras cheias. Elas podem ter um impacto na sua eficiência, no espaço do armazém e no fluxo de caixa. Praticamente em todas as partes da sua operação.

Um componente significativo disso são as quantidades mínimas de pedido (MOQs). Quando você tem MOQs altas, faz pedidos com menos frequência. Isso pode resultar em menos situações de “estamos sem estoque novamente” e em despesas de envio e manuseio mais baratas. Parece ótimo, certo? O problema é que você também fica com mais estoque. Isso imobiliza dinheiro, sobrecarrega seu armazém e aumenta as chances de você ficar com produtos que não consegue vender.

Quantidades mínimas de pedidos baixas oferecem mais flexibilidade. Você pode reagir às mudanças na demanda mais rapidamente, manter os produtos mais frescos e liberar capital de giro. No entanto, você também precisa lidar com mais pedidos, mais trabalho administrativo, despesas de envio mais altas e mais margem para erros.

Então, qual é a resposta? Equilíbrio. Estoque em excesso ou insuficiente traz custos ocultos. Encontrar o meio-termo “certo”, também conhecido como “quantidade econômica de pedido”, é o seu objetivo.
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Os custos por trás do estoque e como o lote econômico de cocmpra (EOQ) ajuda você a gerenciá-los

Antes de descobrir quanto pedir, você precisa entender quanto custa realmente manter o estoque. Não é apenas o preço dos produtos, é tudo ao redor deles.

Existem duas grandes categorias de custos em jogo aqui:

  • Custos de manutenção: espaço de armazenamento, seguro, depreciação e até mesmo o risco de seus produtos ficarem obsoletos ou invendáveis. E não se esqueça do custo de capital. Se seu dinheiro está preso no estoque, ele não está disponível para outras coisas. Esse custo de oportunidade por si só pode ser um verdadeiro empecilho para o fluxo de caixa.
  • Custos de pedidos: há trabalho administrativo, coordenação de remessas, recebimento e manuseio toda vez que você faz um pedido.

É aqui que entra o EOQ (Lote Econômico de Compra). É uma fórmula simples, mas poderosa, projetada para encontrar um equilíbrio entre esses dois custos. Se você fizer pedidos com muita frequência, seus custos de pedido disparam. Se você fizer pedidos em excesso, seus custos de manutenção aumentarão. O lote econômico de compra ajuda você a encontrar o ponto ideal, o tamanho do pedido que minimiza o custo total do estoque. E aqui está a melhor parte: não precisa ser perfeito para ser útil. Mesmo que suas entradas não sejam precisas, o resultado do EOQ tende a ficar próximo do custo total ideal. Isso a torna uma base confiável para o planejamento, especialmente quando você está lidando com incertezas ou dados imperfeitos.

EOQ: Figure 1: total inventory
Figura 1: Custo total do estoque

 

EOQ formula 2
Equação 1: EOQ

Onde:

  • D = Demanda
  • Co = Custo de encomendapedido
  • Ch = Custo de manutenção
  • p = Preço por unidade

 

Fazendo o EOQ funcionar no mundo real

Embora o lote econômico de compra seja um ótimo ponto de partida, qualquer pessoa que já tenha trabalhado na cadeia de suprimentos sabe que o mundo real nem sempre segue o manual. Em teoria, o objetivo é minimizar os custos. Na prática, você está constantemente lidando com restrições que o levam em diferentes direções.

Para começar, os fornecedores costumam ter quantidades mínimas de pedido ou descontos por volume que o levam a comprar mais do que realmente precisa. Depois, há a sazonalidade, os limites de validade e os produtos que são novos ou estão prestes a ser descontinuados. Tudo isso torna o planejamento de estoque de longo prazo mais complicado. Acrescente a isso as limitações de fluxo de caixa e o espaço limitado no armazém, e de repente aquele número bonito de EOQ não é tão fácil de seguir. Gerenciar essas limitações é, portanto, tão importante quanto aplicar a fórmula.

Então, como aplicar tudo isso sem se afogar em exceções? Aqui está uma abordagem prática e passo a passo que você pode realmente usar:

Comece com seus MOQs

Observe atentamente se eles correspondem aos seus padrões de demanda reais. Mínimos desalinhados muitas vezes imobilizam dinheiro ou deixam você com estoques de baixa rotatividade.

Calcule seu EOQ

Mesmo uma estimativa é melhor do que nada. Apenas certifique-se de revisá-la regularmente, à medida que os custos e a demanda mudam.

Aplique restrições antecipadamente

Não deixe que o prazo de validade, as regras dos fornecedores ou os limites de armazenamento o peguem de surpresa. Incorpore-os ao seu planejamento desde o início.

Recalcule dinamicamente

As coisas mudam, e sua estratégia de pedidos também deve mudar. Use dados atualizados para ajustar sua abordagem, em vez de confiar em regras estáticas.

Use transferências internas primeiro

Antes de fazer um novo pedido, verifique se outro local tem estoque excedente. Muitas vezes, isso é mais rápido e econômico.

Consolide sempre que possível

Use a lógica de preenchimento de pedidos para combinar remessas, reduzir despesas gerais de logística e evitar caminhões meio vazios.

 

Conclusão

Como conclusão final, lembre-se: otimizar a quantidade de pedidos não tem tanto a ver com matemática perfeita, mas sim com gerenciar compromissos. O EOQ oferece uma base estável, mas flexibilidade, contexto e bons dados são o que o transformam em uma vantagem competitiva. Ele pode ajudá-lo a tomar decisões de estoque mais inteligentes e rápidas que realmente funcionam no mundo confuso e imprevisível em que todos operamos.

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