Estoque dolarizado exige uma gestão especial. Flutuações da moeda impactam profundamente o desempenho da empresa. Veja o que considerar.
De tempos em tempos, seja em função de acontecimentos externos ou internos ao país, o câmbio (dólar) sofre grandes flutuações. Especialmente quando são inesperadas, essas flutuações podem causar impactos significativos para as empresas.
Em geral, o primeiro aspecto que demanda a atenção dos gestores é o endividamento em moeda estrangeira. Uma boa parte das empresas com algum tipo de dívida no exterior não possui mecanismos de proteção, seja hedge cambial ou hedge natural (quando a empresa também tem receitas em moeda estrangeira). Sem esse tipo de proteção, as dívidas podem ter aumentos reais significativos. Por exemplo, uma empresa que possui dívida em dólar, entre 14/03/2018 e 01/06/2018, teve um aumento de 12,7% em reais.
O impacto da flutuação cambial, no entanto, não se restringe a esse aspecto. Quando a empresa é importadora, uma outra área diretamente afetada é a de Supply Chain. O efeito recai tanto sobre os custos dos produtos quanto sobre o frete, impostos e demais custos agregados. Assim, quando ocorrem essas flutuações inesperadas, não é raro que os executivos de Supply Chain tenham que se desdobrar para modificar as datas de embarque das importações já contratadas, priorizando apenas os produtos mais urgentes e/ou mais importantes, para aguardar um momento de câmbio mais favorável. Além disso, muitas empresas também enfrentam restrições de capital de giro e se defrontam com a necessidade de priorização dos próximos itens a serem adquiridos.
Essas situações obrigam as empresas a reavaliarem suas necessidades em função de suas previsões de demanda e estoques de segurança. Se em situações normais o objetivo de qualquer empresa é sempre o de manter o maior nível de serviço com o menor estoque possível, nesses cenários restritivos, essa questão torna-se ainda mais premente.
As empresas com maior capacidade de se ajustar rapidamente a essas situações são aquelas que possuem processos e sistemas que permitam:
- Identificar rapidamente, dentro do seu portfólio de produtos, quais os itens a serem importados prioritariamente;
- Calcular as quantidades corretas, em função de projeções assertivas de demanda futura e de estoques de segurança ajustados;
- Realizar análises que apontem os riscos de ruptura e respectivos impactos financeiros sobre a receita;
- Simular as saídas de caixa de forma a reduzir ao máximo o investimento de capital de giro em estoque.
No Brasil, a Slimstock tem vários clientes que já estão preparados para reagir rapidamente a esses cenários vividamente VUCA.